sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Lista de delator da Petrobras tem Sebastião Viana e mais 27 políticos

O ESTADO DE S. PAULOFAUSTO MACEDO, RICARDO BRANDT, JULIA AFFONSO e FÁBIO FABRINI


Paulo Roberto Costa relata em 80 depoimentos relação que inclui ministro e ex-ministros da gestão Dilma Rousseff, governador, ex-governadores e parlamentares; são, ao todo, 10 nomes do PP, 8 do PT, 8 do PMDB, 1 do PSB e 1 do PSDB
Primeiro delator da Lava Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobrás Paulo Roberto Costa citou em 80 depoimentos que se estenderam por duas semanas, entre agosto e setembro, uma lista de 28 políticos – que inclui ministro e ex-ministros do governo Dilma Rousseff (PT), deputados, senadores, governador e ex-governadores.
O Estado obteve a lista completa dos citados. A relação inclui ainda parlamentares que integram a base aliada do Palácio do Planalto no Congresso como supostos beneficiários do esquema de corrupção e caixa 2 que se instalou na petrolífera entre 2004 e 2012.
Há nomes que até aqui ainda não haviam sido revelados, como o governador do Acre, Tião Viana (PT), reeleito em 2014, além dos deputados Vander Luiz dos Santos Loubet (PT-MS), Alexandre José dos Santos (PMDB-RJ), Luiz Fernando Faria (PP-MG) e José Otávio Germano (PP-RS). Entre os congressistas, ao todo foram mencionados sete senadores e onze deputados federais.
O perfil da lista reflete o consórcio partidário que mantinha Costa no cargo e contratos bilionários da estatal sob sua tutela – são 8 políticos do PMDB, 10 do PP, 8 do PT, 1 do PSB e 1 do PSDB. Alguns, segundo o ex-diretor de Abastecimento, recebiam repasses com frequência ou valores que chegaram a superar R$ 1 milhão – dinheiro que teria sido usado em campanhas eleitorais. Outros receberam esporadicamente – caso, segundo ele, do ex-senador Sérgio Guerra, que foi presidente nacional do PSDB e em 2009 teria pedido R$ 10 milhões para arquivar uma CPI da Petrobrás no Senado.
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Sobre vários políticos, o ex-diretor da estatal apenas mencionou o nome. Não revelou valores que teriam sido distribuídos a eles ou a suas agremiações.
Foram citados os ex-governadores do Rio Sérgio Cabral (PMDB), do Maranhão Roseana Sarney (PMDB) e de Pernambuco Eduardo Campos (PSB) – que morreu em um acidente aéreo em 13 de agosto, durante campanha presidencial.
Primeiro escalão. A lista inclui também o ex-ministro Antonio Palocci (PT), que ocupou a Esplanada nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma; os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), o atual ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, e ex-ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil) e Mário Negromonte (Cidades).
Os 28 nomes são exclusivamente de políticos que teriam sido beneficiários dos negócios da diretoria de Costa. A Polícia Federal e a Procuradoria da República trabalham com outros nomes de políticos que se relacionavam com os ex-diretores da estatal Renato Duque (Serviços) e Internacional (Nestor Cerveró).
As revelações foram feitas em depoimentos prestados por Costa à força tarefa da Lava Jato e fazem parte do acordo de delação premiada firmado pelo ex-diretor com o Ministério Público Federal em troca de redução da pena. Desde que sua delação foi aceita pelo Supremo Tribunal Federal, ele cumpre prisão em regime domiciliar, no Rio.
Alguns nomes dessa lista também aparecem na relação fornecida pelo doleiro Alberto Youssef, que firmou acordo semelhante – ainda não homologado pelo ministro Teori Zavascki, do STF. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve denunciar os envolvidos no esquema de desvios da estatal em fevereiro, quando tem início a nova legislatura (mais informações no texto abaixo).
A delação do ex-diretor da Petrobrás, já homologada pelo Supremo, estava com Janot desde novembro. Ele aguarda o teor do depoimento de Youssef para cruzar os nomes citados, o que deverá ser realizado até o início da próxima legislatura.
Foro. Na troca da composição do Congresso, alguns dos citados perdem foro privilegiado e passam a ser julgados pela Justiça de primeira instância. Por decisão do ministro Teori Zavascki, as investigações permanecem divididas entre a Suprema Corte e a Justiça Federal no Paraná, onde serão investigados os acusados que não têm mandato.
A lista de 28 nomes foi revelada por Costa exclusivamente no âmbito da delação premiada. Como são citados políticos com foro privilegiado, o caso foi parar no STF. Em depoimentos à primeira instância da Justiça Federal, o ex-diretor da Petrobrás não falou de políticos, mas citou que o PP, o PMDB e o PT recebiam de 1% a 3% sobre o valor dos contratos da estatal para abastecer caixa de campanha.
A investigação desvendou uma trama de repasses a políticos na estatal. A Lava Jato foi desencadeada em março e identificou a parceria de Costa com o doleiro Youssef. Na última fase da operação, deflagrada em 14 de novembro, foram presos os principais executivos e dirigentes das maiores empreiteiras do País, todos réus em ações penais por corrupção ativa, lavagem de dinheiro, crimes de cartel e fraudes a licitações.

Sebastião se posiciona -- O governador Tião Viana, disse através de sua assessoria, que estranha a informação obtida por O Estado de São Paulo, pois não conhece e nunca teve qualquer tipo de relação com o Sr. Paulo Roberto Costa. “Qualquer ilação que venha atingir a responsabilidade do Governo do Acre ou a honra pessoal do governador, será tratada pelas vias judiciais garantidas pelo Estado democrático de direito”.

Diplomado, Rocha diz que vai manter postura de oposição

Da redação de ac24horas
O deputado estadual Major Rocha (PSDB) disse na manhã de hoje (19) após ser diplomado deputado federal no Teatro Universitário, em Rio Branco, que vai manter a mesma postura na Câmara dos Deputados a partir de fevereiro de 2015.
“Acho que a renovação na Assembleia deixou claro que a população do Acre quer deputados atuantes e que fiscalizem o governo. Vou manter a mesma postura em Brasília, temos aí uma série de denuncias do Petrolão que precisam ser investigadas a fundo”, comentou.
O tucano dedicou sua vitória ao povo do Acre e prometeu lutar pelas mudanças que o Brasil precisa.
 Major Rocha
Wherles Fernandes da Rocha foi eleito deputado estadual pelo PSDB em 2010. Durante estes quatro anos foi o líder do partido na Assembleia Legislativa e teve momentos polêmicos no decorrer do seu mandato, com denúncias contundentes contra o governo Sebastião Viana (PT). Major Rocha é policial militar reformado, formado em Jornalismo e Direito.
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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Comando da PM tenta enganar militares e leva Quadro Organizacional para ser votada na ALEAC que não favorece as praças


PM: Uma instituição da Cabeça Grande

O Quadro Organizacional (QO) vai sair a cara do governo petista e do coronel Anastácio, atual comandante da PM. Comenta-se nos bastidores entre as lideranças militares, que o projeto de lei já foi enviado para a Assembleia Legislativa e voltou por que o Executivo descumpriu os acordos pré-eleitorais, o que não é novidade.

A promessa dos petistas aos clubes de Cabos e Soldados e Sargentos e Subtenentes era de que o Quadro seria debatidos por todas as entidades, mas na realidade somente o comandante geral está conversando com o governo, enquanto os clubes conversam com a Márcia Regina (Chefe da Casa Civil) e Antonio Monteiro (Assessor Especial).

De acordo com informações, a proposta do comando expõe a criação de mais duas vagas para coronel, tenente-coronel, major e capitão. Já para as sofridas praças que levam a PM nas cotas, somente dez vagas para subtenente, 15 para primeiro sargento e 25 para segundo. Algo totalmente desproporcional.

Anastácio, que merecidamente está deixando o comando em dezembro, irá deixar como presente de natal para a instituição um quadro pior do que quando quadro pior do que quando chegou, cheios de barrigas e com a cabeça mais do que grande. Pelo jeito, o coronel quer deixar um bom presente para o Estado do Maior.

Enquanto isso, mais de 80% da tropa, de terceiros sargentos e soldados, amarga anos e anos marcando passo na instituição e seus nobres comandantes nada fazem por eles. Soldado e sargento servem apenas para baixar os índices de violência no Estado para os oficiais se promoverem. Esperamos que a AME através dessa nova gestão não permita que essa aberração seja aprovada, mas sabemos também que não depende somente da diretoria, depende de toda tropa, enquanto os policiais não souberam a força que tem, serão tratados na política como boi de carga. É pensar em parar essa porra.

4 DE MAIO ESTÁ DE VOLTA

O Blog 4 de Maio está de volta. Depois de meses em negociação pessoal para ver se aguentamos mais quatro anos de porrada, acreditamos que valha a pena voltar a informar a Caserna sobre os perigos que a rondam, contando dessa vez com mais colaboradores, oficiais superiores da PM, presentes no Estado do Maior, dois oficiais subalternos do Corpo de Bombeiros, além da contribuição de vários praças que nos enviam mensagens de denúncias contra aqueles que não respeitam os militares subalternos.
Preparar nossos couros...

ESTAMOS DE VOLTA PARA DENUNCIAR E ANUNCIAR MELHORAS PARA NOSSA CATEGORIA.