quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Ato Público em favor de PM’s presos lota Assembleia Legislativa



Vários policiais militares e familiares dos policiais presos ocuparam, na manhã de hoje, 05, a Assembleia Legislativa (Aleac) em Ato Público. A atividade organizada pela Associação dos Militares tem como objetivo chamar atenção dos deputados e da sociedade sobre o desrespeito dos direitos constitucionais dispensado aos servidores de segurança pública.

O evento iniciou em frente ao Palácio Rio Branco e se concentrou na Aleac, ocupando toda a galeria da Casa do Povo. Segurando faixas e motivadas por discursos do deputado Major Rocha e do presidente da Associação dos Militares, Isaque Ximenes, os participantes se posicionaram fortemente em defesa dos direitos constitucionais assegurados a todo cidadão, mas que não está sendo cumprida por delegados de polícia civil.

Em discurso, o deputado Major defendeu os militares e denunciou a prática de abusos cometidos pelos delegados. Os maiores questionamentos foram o uso irregular de algemas, prisão em presídio e celas comuns e a prática de tortura psicológica.

- Estão querendo distorcer nossa defesa. O que queremos é que sejam assegurados todos os direitos usufruídos por qualquer cidadão aos militares e, ao mesmo tempo, fazer como que os deputados busquem explicações dos delegados sobre as acusações realizadas pelas famílias dos militares presos. Acreditamos nos militares, mas aqui não discutimos culpa ou inocência, apenas que sejam assegurados seus direitos, declarou Rocha.

O sargento Isaque Ximenes também saiu em defesa dos policiais. Segundo ele, existem fragilidades no inquérito que se quer teve o depoimento de todos os militares apontados no caso. Dos onze militares, apenas dois haviam sido ouvidos.

- Não podemos aceitar a forma como as coisas estão acontecendo. Por isso estamos acompanhando esse caso todos os dias desde o dia 29 de novembro, buscando chegar à verdade, afirmou o presidente.

Argumento similar tem o advogado que acompanha alguns dos envolvidos. Para ele, a estratégia dos delegados é fazer com que policiais inocentes sejam levados a confessar um crime que não cometeram.

- Dos onze policiais, apenas três são verdadeiramente apontados pelos delegados. Mas o que acontece com os demais? São pressionados, através da pressão psicológica e do cerceamento da liberdade, a apontar os companheiros em um caso no qual são inocentes, afirmou Welligton Silva, que está acompanhando todo o caso.

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