quarta-feira, 3 de abril de 2013

Projeto Guarda Mirim é lançado no Bairro Recanto dos Buritis


Igor Oliveira/ Assessoria PMAC
  
Fortalecer o caráter e a responsabilidade social de jovens de 12 a 17 anos é o objetivo do novo trabalho preventivo da Polícia Militar
Uma solenidade oficializou o lançamento do Projeto Guarda Mirim, desenvolvido pela Polícia Militar e direcionado ao público jovem da área do segundo distrito. O evento aconteceu na manhã desta terça- feira (02), na Praça da Juventude no Bairro Recanto dos Buritis, local onde serão desenvolvidas as atividades do programa.
Dezenas de pessoas estiveram presentes no evento, além de pais, amigos, professores e alunos do projeto, diversas autoridades prestigiaram o espaço, entre elas, o Juiz de Direito da 4º vara criminal de Rio Branco, Dr Cloves Augusto, o diretor operacional da Secretaria de Segurança Pública (SESP), Dr Alberto Paixão,o representante da Secretaria de Esportes do Estado (SEE), Élisom Azevedo, o comandante geral da Polícia Militar (PMAC), coronel Anastácio, o comandante geral do Corpo de Bombeiros (BMAC), coronel Pires, da reserva remunerada e um dos idealizadores do projeto, coronel Junqueira, a diretora do Departamento de Trânsito do Estado ( Detran/AC), Sawana Carvalho, o comandante do Comando de Policiamento Operacional 1( CPO 1), coronel Mário César , e representando o prefeito de Rio Branco, o chefe do gabinete militar da prefeitura, coronel Cleudo.
O comandante da Polícia Militar, coronel Anastácio, discursou sobre o projeto e justificou a escolha de se trabalhar com adolescentes, “é nessa idade que ficamos mais vulneráveis a influencia do crime, pois o desejo de se possuir as coisas é maior, e o submundo teoricamente proporciona isso de forma mais fácil”, ele também citou a participação do Instituto Dom Moacyr, do Detran/AC e da Fecomércio como diferenciais na metodologia do programa. Essas instituições oferecerão módulos profissionalizantes e absorverão através da lei do menor aprendiz, os guardas mirins que concluírem a formação.
A iniciativa faz parte da filosofia de polícia comunitária prevista pela Secretaria de Segurança Pública do Estado (SESP) e visa além do trabalho preventivo, resgatar aqueles que já estão de alguma forma envolvidos com o crime e trazê-los para um ambiente onde as bases de hierarquia, moral e profissão são valorizadas.
A senhora Maria Ferreira falou em nome dos pais, e agradeceu a iniciativa lembrando a rotina intensa de trabalho que muitas vezes não permite o acompanhamento mais presente na vida dos filhos, “é muito bom quando a PM promove esses cursos, eles despertam o interesse nas crianças e proporcionam um lazer saudável a elas, o trabalho não me deixa fiscalizar as companhias do meu filho, mas ele estando no Guarda Mirim, sei que estará em boas mãos” disse a mãe.  
O curso de formação desses guardas mirins terá duração de quatro meses e a participação de 80 jovens moradores dos diversos bairros do segundo distrito de Rio Branco. O projeto já é desenvolvido nas cidades de Cruzeiro do Sul e Tarauacá. Em Rio Branco, ele se estenderá também para outras regionais, desenvolvendo atividades esportivas e culturais, promovendo a educação e incentivando a formação de cidadãos.
Guarda Mirim no Acre
O Projeto Guarda Mirim iniciou no Acre no ano de 1981, idealizado no comando do coronel Lélio de Castro Duarte baseado no projeto Patrulheiro Mirim, desenvolvido no município de Santos- SP. Inicialmente a Guarda Mirim tinha o objetivo de retirar do trabalho infantil as crianças que engraxavam sapatos na Praça Plácido de Castro.
 O projeto não era meramente assistencialista, mas também profissionalizante, já que muitos guardas mirins tiveram a oportunidade do primeiro emprego em instituições como Banco do Brasil, Fórum Barão de Rio Branco, Tribunal de Justiça e outras. A primeira turma foi composta por 16 crianças e adolescentes com da faixa etária de 7 a 15 anos, todos do sexo masculino.
Aos poucos a Guarda Mirim passou a receber um número cada vez maior de participantes e ao final de 1984, já eram 216 alunos. Ela foi extinta em 1999, por determinação da Justiça do Trabalho, no comando do coronel Gilvan Vasconcelos.

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