terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Greve na PM de Rôndonia

GOVERNO ANUNCIA QUE SOLICITOU FORÇAS ARMADAS PARA CONTER BADERNA LIDERADA PELA ASSFAPOM


O Governo de Rondônia anunciou que irá reagir com rigor para retomar o comando dos batalhões tomados pela manhã por esposas de policiais militares lideradas pela Associação dos Familiares e de Policiais Militares (Assfapom) com o apoio de alguns soldados, que proíbem a imprensa de se aproximar dos locais. O acesso ao 1º e 5º BPM está proibido até mesmo a populares. Viaturas tiveram os pneus esvaziados e cortados. À frente do movimento aparece Ada Dantas, vice-presidente da Assfapom e esposa de Jesuino Silva Boabaid, soldado que já esteve preso por liderar manifestações proibidas pela Constituição Federal.
A paralisação iniciada pela manhã é coordenada somente pela Assfapom. Outras seis entidades de defesa de militares e bombeiros emitiram nota protestando ao movimento grevista que atrapalha negociações com o Governo.


Em nota, o Governo informa que já fez pedido de apoio para debelar o movimento a Força Nacional de Segurança e Forças Armadas. Confira:

A Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) do Estado de Rondônia e o Comando Geral da Polícia Militar vem a público esclarecer que na manhã de hoje, um grupo de pessoas denominadas “Comissão de Esposas” com apoio de uma associação fechou os portões do 1º e 5º Batalhões da Polícia Militar, na capital. O grupo também praticou atos de vandalismo esvaziando pneus de viaturas, objetivando impedir o serviço de policiamento, sem se importar com a segurança da comunidade. 

O movimento está localizado na Capital, apenas nos dois batalhões. A principal reivindicação apresentada é um aumento salarial de 44% e anistia administrativa, cujo principal interesse é livrar o presidente da associação manifestante das sanções administrativas da corporação, por atos cometidos que atentam aos princípios da administração pública.

Estava previsto para a tarde de hoje, às 16hs, no Comando Geral da Polícia Militar, uma reunião entre o exmo. Governador Confúcio Moura e as associações representativas da Polícia Militar que vinham negociando o reajuste salarial, posto que, já havia um acordo fechado que seria formalizado nesta oportunidade. A associação que ora realiza o movimento, havia se retirado das negociações e agora de maneira truculenta e irresponsável, mais uma vez fomenta a desordem e não se preocupa com os militares e especialmente a sociedade.

A Secretaria de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) e o Comando Geral da Polícia Militar, estão adotando todas as medidas judiciais e administrativas necessárias, para garantir a continuidade do policiamento na capital por meio da integração das forças públicas, já tendo solicitado o apoio da Força Nacional e Forças Armadas.

A Sesdec conclama os policiais militares para que o senso de dever, amor ao próximo e respeito à farda e a comunidade, norteiem suas decisões neste momento, reiterando nosso compromisso com a valorização do profissional de Segurança Pública, de maneira planejada e democrática, pois não se pode recuperar toda a defasagem de estrutura, pessoal e remuneração, apenas no primeiro ano de gestão.


GREVE DA PM EM RONDÔNIA: COE se recusa a cumprir ordem de retirada da comissão das esposas dos batalhões
Nesta manhã de sábado, os dois principais Batalhões de todo Estado de Rondônia foi fechado como forma de protesta pelo descontentamento com as negociações do governo com entidades representativas de parte dos militares da categoria. A Comissão das Esposas havia suspenso o movimento reivindicatório iniciado no dia 16 de novembro às 16hs em frente ao 5°BPM.
A suspensão do movimento deu-se pelo fato de que no dia 19 de novembro o governo apresentaria às entidades proposta formalizada que possivelmente atenderia o anseio da categoria, tal proposta partiu do próprio governo, porém o governo voltou atrás e retificou a sua própria proposta, e a diminuiu de 24% para 12% o que causou total revolta nas esposas dos militares.
O compromisso das associações: ASPRA/ASSESFAM/ASSESPOM e ASSFAPOM eram que se o governo votasse atrás a paralisação seria no dia 19 de novembro, ao finalizar a reunião em todo o Estado de Rondônia, o que infelizmente não ocorreu, pois o governo pediu o prazo de mais uma semana. A ASSFAPOM foi à única que não aceitou. Depois disso, a mesma, ficou proibida, pelas demais entidades, de participar de qualquer outra negociação com o governo. Dias se passaram e a revolta das esposas tornou-se constante, o que as levou essa paralisação.
Nesta tarde de sábado, várias as contra-informações, uma delas era de que a COE se dirigia para os batalhões com a finalidade de devolver o policiamento em toda a capital. O Comandante Geral, Coronel Cesar, determinou que o Capitão Góes, Comandante da COE cumprisse tal determinação, este se recusou alegando que não cometeria o mesmo erro de meses atrás, aonde em movimentos reivindicatórios da ASSFAPOM chegou a colocar irmãos contra irmãos causando uma rivalidade entre os praças.
Com essa atitude a tropa, a Comissão das Esposas e a ASSFAPOM agradece aos irmãos da COE, e acima de tudo o Capitão Góes pelo ato de responsabilidade e coragem.
No mais, a Comissão das Esposas segue fortalecida aguardando apenas posicionamento dos praças do interior, pois há de se acreditar que juntos a vitória será certa!
44% Já!
Leia também:


URGENTE: 1º E 5º BATALHÕES ACABA DE SER FECHADO PELA COMISSÃO DA ESPOSAS, COM APOIO DA ASSFAPOM

Veja o Regimento da Comissão da Esposas abaixo:
REGIMENTO DO COMANDO DE MOVIMENTO REIVINDICATÓRIO
O Comando de Movimento Reivindicatório, liderado pela Comissão das Esposas de Policiais e Bombeiros Militares, o qual foi suspenso no dia 17 de novembro de 2011 irão conduzir as negociações junto ao executivo estadual no que se refere aos 44% (perdas salariais) e Anistia administrativa para todo o período de negociações, que se iniciou no dia 10 de maio de 2011 até a data da publicação da lei, conforme cláusulas abaixo descriminadas:

Clausula 01- O movimento reivindicatório é de total autonomia das esposas aclamadas em assembléia geral extraordinária, no dia 12 de novembro, na sede do SINTERO, a qual por maioria das associações as legitimaram como detentoras do movimento, as intitulando como “COMISSÃO DAS ESPOSAS”;
Clausula 02- Não será aceito por este movimento qualquer negociação paralela com o governo, de qualquer intitulado representante da categoria, haja vista, além da delegação de poderes em assembléia geral, conforme cláusula 01 deste regimento, o executivo ter esgotado todas as negociações, no momento em que apresentou propostas a menor que o percentual de 44% pleiteado pela categoria;
Clausula 03- Durante o movimento reivindicatório as negociações serão feitas e/ou realizadas somente na presença das esposas e policiais presentes, na concentração do movimento tanto na capital como no interior;
Clausula 04- As propostas que porventura for apresentada pelo governo, serão encaminhadas através de um representante deste para a concentração do movimento, onde será feita a leitura;
Clausula 05- Depois de realizada a leitura e o conhecimento de todos os participantes, tanto da capital como do interior, será deliberado à aceitação ou não da tal proposta;
Clausula 06- Será aprovada a proposta que obtiver a maioria absoluta dos participantes tanto da capital como do interior;
Clausula 07- A proposta de lei, conforme cláusula 06 deste regimento será encaminhada para a ALE-RO e lá aprovada, sendo que o movimento somente será finalizado pelo ato de sanção e publicação em diário oficial do Poder Executivo.
Porto Velho-RO, 03 de Dezembro de 2011.

COMISSÃO DAS ESPOSAS


Força Nacional pode intervir na greve da PM


Com o intuito de enfrentar o movimento organizado em frente aos 1º e 5º Batalhões da Polícia Militar, em Porto Velho, a Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) e o Comando Geral da Polícia Militar de Rondônia afirmaram, em nota, que estão adotando todas as medidas judiciais e administrativas necessárias com vistas a garantir a continuidade do policiamento na Capital, inclusive solicitando apoio da Força Nacional e Forças Armadas. O manifesto isolado foi iniciado na manhã de sábado e permanecia até ontem sob a liderança de uma Comissão de Esposas de Policiais Militares, com apoio da Associação de Familiares de Policiais Militares (Assfapom), impedindo a saída das viaturas. O protesto, que inclui esvaziamento de pneus de viaturas, é contra as negociações que estão sendo mantida entre o Comando Geral da PM e cerca de sete associações representantes da classe.  
De acordo uma das esposas dos policiais, que não quis se identificar, a paralisação teve início às 6h, após mobilização. Elas reivindicam realinhamento de 44%, que representa o acumulado de perdas em 20 anos; e anistia administrativa durante o período das negociações. 
No último dia 16, após uma reunião com o governo para negociar a pauta de reivindicações salariais aconteceu uma carreata organizada  pela comissão de mulheres dos  policiais militares e bombeiros. 
Durante reunião no mesmo dia entre o governo e os representantes dos policias e associações não se chegou a um acordo. Em coletiva à imprensa, o secretario de Segurança, Defesa e Cidadania, Marcelo Bessa, disse que o governo pretendia dar um reajuste de 12%, divididos em três parcelas de 4%, em janeiro e abril, de 2012; e outubro, de 2013. Ainda conforme o secretário, esta proposta do governo seria um aumento considerável. 
Conforme  o presidente da Associação dos Praças da Policia Militar (Aspra), Silvio Ramalho, já aconteceram diversas reuniões com membros do governo. 
A manifestação ocorrida no último sábado acabou impedindo a última reunião marcada com o governo, para as 16h, quando deveria ser formalizado o acordo. “O governo prometeu garantir cursos de formação de cabos e sargentos, melhorias no trabalho e a compra de cinco mil pistolas para os policiais”, comentou Ramalho.  
Juntamente com a Aspra, estão as associações do interior de Vilhena, Ji-Paraná, Cacoal, Guajará-Mirim e Nova Mamoré. 
Ainda na nota o governo diz “a associação que ora realiza o movimento havia se retirado das negociações e agora de maneira truculenta e irresponsável mais uma vez fomenta a desordem e não se preocupa com os militares e especialmente a sociedade”. 
E conclui conclamando os policiais militares para que o senso de dever, amor ao próximo e respeito à farda e à comunidade norte em suas decisões neste momento”.


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