sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Que essa moda pegue

RJ - PM muda critérios de escolha e coronéis que vão chefiar batalhões precisarão ter ficha limpa

Foto: R7
RIO - O novo comando da PM decidiu modificar o processo de escolha dos comandantes de unidades da corporação. A novidade é que, agora, os comandantes dos batalhões, por exemplo, precisarão ter ficha limpa e serão indicados pelos comandantes dos sete comandos de policiamento de área (CPAs). O nome do indicado, no entanto, passará pelo crivo da Corregedoria Interna da PM e pelo Setor de Inteligência da corporação.

Apenas após esse trâmite, o nome do indicado será apreciado pelo alto escalão da PM: o chefe do Estado-Maior Operacional, o coronel Alberto Pinheiro Neto, e o comandante-geral da corporação, o coronel Erir da Costa Filho.
O objetivo, como prefere denominar a Secretaria de Segurança, é delegar, com responsabilidade, poderes aos comandantes das sete CPAs no estado. A ideia é dar o cargo de comandante de uma unidade da PM a quem tenha a ficha totalmente limpa, sem antecedentes que causem qualquer tipo de suspeita. Nos bastidores do Quartel General da PM, fala-se que a decisão se deve ao caso do coronel Cláudio de Oliveira, ex-comandante do 7º BPM (São Gonçalo), que tem oito anotações em sua ficha de antecedentes criminais. 
- Não se pode exigir que um policial militar saiba a vida pregressa de um subordinado. O aprimoramento do processo de escolha é para evitar que um indicado assuma um posto tão importante como o de comandante tendo pendenga de qualquer natureza - informou o assessor de comunicação social da secretaria, Fernando Thompson.
Os CPAs, têm a responsabilidade pelas ações operacionais dos 42 batalhões do estado, além da 1ª Companhia Independente de Polícia Militar, que fica no Palácio Guanabara, em Laranjeiras, e faz parte do 1 CPA (Centro, Zona Norte e Zona Sul).
Mais três coronéis são nomeados para altos cargos
O 2º CPA abrange bairros das zonas Norte e Oeste. Já o 3º CPA monitora os batalhões da Baixada Fluminense. O 4º CPA cuida dos batalhões de São Gonçalo, de Niterói, de Itaboraí e de Cabo Frio. O 5º, o 6º e o 7º CPAs são responsáveis pelos batalhões do interior do estado.
Na segunda-feira, a Polícia Militar publicou em seu boletim interno a nomeação de três coronéis para cargos importantes na corporação. O Estado Maior administrativo será chefiado pelo coronel Robson Rodrigues da Silva, de 47 anos, que estava à frente do Comando de Polícia Pacificadora (CPP). Em seu lugar assumiu o coronel Rogério Seabra Martins, de 44 anos, que era chefe da Diretoria Geral de Pessoal (DGP). O novo corregedor da PM é o coronel Waldyr Soares Filho, de 47 anos, que era comandante do Batalhão de Choque.
A composição da nova cúpula da PM deixou descontentes coronéis mais antigos na corporação. O coronel Marcus Jardim, por exemplo, disse ter se sentido preterido ao ser esquecido pela nova cúpula. Aos 49 anos, ele contou ter 29 anos e sete meses de trabalho na PM e afirmou que vai aguardar em casa os cinco meses que faltam para a aposentadoria.

Fonte:O Globo

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