segunda-feira, 22 de março de 2010

PM E PC DEVEM SER UNIFICADAS?

PM e PC devem ser unificadas?
A PRF deve ser incorporada à PF?
Guarda Municipal poder de policia?
O Senado fez nesta terça-feira a primeira audiência para discutir uma proposta de emenda constitucional (PEC 21/05) do senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) que reestrutura os órgãos de segurança no país. Ela prevê que a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Ferroviária serão incorporadas à Polícia Federal e que os estados poderão unificar sua polícia militar e civil. O projeto tira o Corpo de Bombeiros da PM, vinculando-o à Defesa Civil, e permite que as guardas municipais atuem na segurança pública.
A audiência foi promovida pela Subcomissão de Segurança Pública, que funciona no âmbito da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, representando a Associação Nacional dos Delegados da Polícia Federal, afirmou que a PF já está sobrecarregada, com pessoal insuficiente, e não deveria receber novas atribuições - no caso, os policiais rodoviários.
Ele sugeriu que, a exemplo do que é feito hoje em países da Europa, o governo crie uma Polícia Federal de Segurança, que cuidaria das fronteiras, dos portos e aeroportos. A PF trabalharia apenas como polícia judiciária, dos crimes federais, como tráfico de drogas e de armas e crimes contra a União. Nesse caso, a atual Polícia Rodoviária poderia ser incorporada à nova Polícia Federal de Segurança.
Já Alexandre Augusto Aragon, (Maj da BM) representante da Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, opinou que as polícias militar e civil "inevitavelmente serão unificadas", mas isso deverá ser feito de forma gradual e depois que a legislação estabelecer claramente as competências de cada uma delas. Com a unificação, opinou, a PM continuaria com sua responsabilidade na segurança pública e poderia cuidar dos crimes de pequena monta, enquanto os civis ficariam com os crimes contra as pessoas.
Aragon alertou que a PEC 21/05, ao autorizar as guardas municipais a atuarem na segurança pública, cria o risco de que prefeitos usem a nova força como sua guarda pessoal, colocando esses agentes a serviço de poderes políticos. Disse ainda que os bombeiros não terão o menor interesse em se separar das PMs para ficar com a Defesa Civil.
O presidente da Subcomissão de Segurança Pública e autor do projeto, senador Tasso Jereissati, sustentou que a existência de duas polícias nos estados, com comandos separados, não é eficiente e que há resistência corporativa contra a unificação. Por isso, vários projetos com essa finalidade acabaram sendo arquivados nos últimos anos no Congresso Nacional. Informou que a subcomissão ouvirá nos próximos meses todos os envolvidos e especialistas em segurança pública.
O senador Romeu Tuma (Del da PF), indicado relator do projeto, informou que não concorda com a proposta, acreditando que uma legislação que defina com clareza o que compete à PM e à polícia civil resolverá boa parte dos problemas hoje existentes, inclusive conflitos entre as duas corporações. Disse que a Polícia Rodoviária Federal vem fazendo "um excelente trabalho" no combate ao tráfico de drogas e de armas depois que passou a receber equipamentos modernos. O senador César Borges (PR-BA), que presidiu a audiência pública, opinou que, mesmo sem unificação das duas polícias, os comandos devem ser unificados.
Ao final, o representante dos delegados federais, Marcos Leôncio Sousa Ribeiro, defendeu que o diretor-geral da PF tenha mandato aprovado pelo Senado, deixando de ser "uma polícia do Executivo, mas da República". Por sua vez, o representante da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Alexandre Augusto Aragon, observou que boa parte dos policiais militares quer a unificação por acreditar que seus salários serão elevados ao nível dos policiais civis, "o que é uma ilusão". Ele aplaudiu o fim da Justiça Militar, contida no projeto, e a criação de um fundo para investimentos das polícias, que seria formado com 5% da arrecadação federal e 9% das receitas estaduais e municipais.
Fonte: Agência Senado

5 comentários:

  1. Pra mim tanto faz se é unificado ou separado, o que importa é se o serviço vai ser mais eficiente e se o meu salario vai melhorar... o resto é lixo.

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  2. enquanto as cabeças pensantes se esforçam pra apresentar alguma coisa que preste, a sociedade clama por mais segurança sem preferir se de militares ou civis.

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  3. Pequenas, como são as nossas 2 instituíções, já têm ingerências, já pensaram unificadas! Realmente a sociedade não está interessada nisso.
    Ela deseja instituições eficiente, e eficiência passa pelos concursos mais rígidos, curso com qualidade, focado na formação de uma polícia cidadã e de autênticos profissionais. Bem pagos, mas comprometidos com a segurança pública. Que as cabeças pensantes, além de tudo isso, busquem estratégias que considerem os princípios do policiamento, em evidência a UNIVERSALIDADE, ANTECIPAÇÃO E CONTINUIDADE, dentre tantos outros. Tudo com simplicidade e objetividade (Praticidade). Isso é que queremos, sem muito blá! blá! blá!

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  4. Unificação, já!
    Só ela poderá criar definitivamente o "ciclo completo de polícia".
    Quer saber o que é?
    Busque informações a respeito!

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  5. SERIA MUITO INTERESSANTE SE FOR PARA MELHORIA.

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